Hoje é celebrado o Dia Internacional do Idoso. No entanto, a maior cidade do País não tem o que comemorar. Em São Paulo, o Conselho Municipal do Idoso registra por dia 30 denúncias de maus-tratos contra idosos, uma média de uma ligação por hora. No fim do mês, esse número ultrapassa 900 casos. O conselho encaminha as denúncias para o Ministério Público (MP).
Agressão, abandono e crimes contra o patrimônio são alguns dos tipos de violência mais frequentes contra os idosos na cidade. "A violência praticada contra eles (idosos) é constante. E a maior parte vem da própria família", afirma o presidente do Conselho Municipal do Idoso, Antônio Santos Almeida. O número de denúncias, segundo ele, só não é maior porque muitos têm medo de procurar a polícia. "O idoso acha que, se fizer a denúncia, poderá sofrer algum tipo de retaliação. Então, ele prefere ficar calado."
Quando o agressor é identificado, é aberto um processo criminal. O Estatuto do Idoso, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2004, prevê que quem pratica algum tipo de violência contra uma pessoa da terceira idade poderá pegar até quatro anos de reclusão, se for condenado.
Para a promotora do MP, falta um pouco de 'calor humano' da sociedade com as pessoas que integram a terceira idade. "Esses jovens estão esquecendo que amanhã são eles que irão ficar velhos. Falta um pouco de solidariedade da população. Falta o cidadão dar a atenção ao vizinho de seu apartamento, por exemplo. Só assim iremos fazer uma sociedade mais justa."
Polícia
Para atender os mais de 1 milhão e 233 mil idosos residentes na capital paulista, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geográfica Estatística (IBGE), há oito delegacias especializadas. A 1ª Delegacia do Idoso, dentro da Estação República da Companhia do Metropolitano (Metrô), registra os boletins de ocorrência de toda região central. As informações são do Jornal da Tarde.
Extraído do Yahoo.