8.9.08

Diga não a Pirataria no Teatro - "Teatro para Bebês" é O Cirquinho de Luísa


Depoimento de Paula Rego - Assistente de Direção do espetáculo "O Cirquinho de Luísa" - Projeto pioneiro de Teatro para Bebês.O espetáculo “O Cirquinho de Luísa”, sucesso absoluto de público e crítica há um ano no Rio de Janeiro, foi idealizado e desenvolvido pelos respeitados e consagrados atores e diretores André D´Lucca e Liliana Rosa, num trabalho de pesquisa árduo realizado na Europa, que envolveu técnica, estudo, sensibilidade e experimentação para que o Brasil conhecesse o “Teatro para Bebês”.Assistido por mais de seis mil pessoas, o primeiro espetáculo de “Teatro para Bebês” é reconhecido pelo seu alcance e pela força com que envolve os bebês e os pais, avós e responsáveis em momentos emocionantes.Ocorre que essa modalidade teatral, cujo direito autoral é cabido apenas aos idealizadores supracitados, posto que se trata de uma marca registrada e inimitável, trouxe uma novidade no âmbito teatral: a pirataria.O projeto do espetáculo “O Cirquinho de Luísa” existe desde que Liliana Rosa, artista portuguesa idealizadora do projeto e atriz do espetáculo, engravidou da pequena Luísa, em Julho de 2006.Durante uma viagem de estudos à Europa com marido, o ator, diretor e cineasta André D´Lucca, idealizador do projeto e diretor do espetáculo, foi feita uma pesquisa baseada em estímulos sensoriais e na vida intra-uterina e pós-nascimento.O estudo realizado foi baseado em técnicas existentes para teatro para bebês na Europa desde os anos 90 e é difundida em países como França, Espanha, Itália, Alemanha e Bélgica. Liliana e André desenvolveram a própria técnica e trouxeram para o Brasil, se tornando pioneiros.Por se tratar de uma técnica própria, cujos direitos autorais são reservados e cuja marca é registrada, deduz-se que não podem copiar tal idéia e menos ainda utilizar-se do nome da técnica para auto-promoção. A técnica foi plagiada e promovida como novidade por quem não possui bagagem cultural necessária para tal feito. O que foi posto como estréia de “Teatro para Bebês” ontem, numa livraria da cidade, nada mais foi do que a exibição pública de um trabalho que constrange pais e bebês, em primeiro lugar por se utilizar de má fé.O dito “espetáculo” chama atenção não por nenhum fator positivo, mas sim pelo amadorismo e pela falta de capacidade criativa, além da pobreza cênica e de espírito de quem o tenta promover.