8.9.08

Plágio no Teatro - Depoimento de Liliana Rosa


Desde a estréia no Brasil do nosso projeto de teatro para bebês, diversas outras versões afloraram tentando nos copiar e, felizmente, não vingaram. As cópias a que assistimos foram no mínimo revoltantes.O nosso diferencial é que nós viajámos, pesquisamos a técnica e criámos uma nova, a nossa técnica. Por esse motivo esse trabalho está patenteado no Brasil, é nosso!O nosso primeiro espetáculo, O CIRQUINHO DE LUÍSA é um sucesso desde a estréia. Como o nosso trabalho é reconhecido, os convites para apresentações em outras cidades fora do Rio de Janeiro, se multiplicam. Só no sábado, no Festival de Angra, fomos assistidos por cerca de 200 pessoas, contando bebês e familiares.

O Cirquinho de Luísa tem um ano de vida e 13 meses de gestação, ou seja, iniciámos a nossa pesquisa para este espetáculo quando engravidei da Luísa e o espetáculo estreou quando a bebê completou 4 meses. A pequena Luísa foi a nossa fonte de inspiração. As nossas apresentações são sempre uma festa maravilhosa, principalmente porque verificamos que o nosso público não só se diverte como indica o espetáculo e volta para assistir várias vezes pois quer repetir o momento especial que proporcionamos.Ontem, dia 7 de setembro assisti à mais recente cópia do nosso espetáculo, nem vou citar autores de tal evento de gosto duvidoso pois não são dignos de tal mídia. A técnica foi imitada e violentamente adulterada!Infelizmente, o que nos revolta é que estão pegando "carona" no nosso trabalho. No nosso trabalho de pesquisa, de criação, de produção, de divulgação, de assessoria de imprensa, de investimento... Tem toda uma equipe artística que idealizou este espetáculo: Diretor, Atriz, Cenógrafa, Figurinista, Designer de Luz, Designer de Som, Consultoria, Assessores de Imprensa. E pior do que isso tudo, é que estão difamando a nossa imagem, querendo intitular de teatro para bebês, algo impróprio e sem caráter artístico.Para que entendam do que falo basta comparar ambos os trabalhos (o original e a cópia) e será óbvio distinguir onde houve trabalho e onde há má fé no desempenho artístico com a técnica de teatro para bebês. Felizmente a lei judicial está do nosso lado.

Como é a lei da vida também: depois de plantarmos a árvore, e cuidarmos bem dela, ela nos oferece bons frutos. Quero concluir este comunicado com uma notícia boa, aliás maravilhosa: o nosso novo espetáculo para bebês, O BEBÊ E O MAR, tem estréia marcada para dia 8 de novembro no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema.LR

Diga não a Pirataria no Teatro - "Teatro para Bebês" é O Cirquinho de Luísa


Depoimento de Paula Rego - Assistente de Direção do espetáculo "O Cirquinho de Luísa" - Projeto pioneiro de Teatro para Bebês.O espetáculo “O Cirquinho de Luísa”, sucesso absoluto de público e crítica há um ano no Rio de Janeiro, foi idealizado e desenvolvido pelos respeitados e consagrados atores e diretores André D´Lucca e Liliana Rosa, num trabalho de pesquisa árduo realizado na Europa, que envolveu técnica, estudo, sensibilidade e experimentação para que o Brasil conhecesse o “Teatro para Bebês”.Assistido por mais de seis mil pessoas, o primeiro espetáculo de “Teatro para Bebês” é reconhecido pelo seu alcance e pela força com que envolve os bebês e os pais, avós e responsáveis em momentos emocionantes.Ocorre que essa modalidade teatral, cujo direito autoral é cabido apenas aos idealizadores supracitados, posto que se trata de uma marca registrada e inimitável, trouxe uma novidade no âmbito teatral: a pirataria.O projeto do espetáculo “O Cirquinho de Luísa” existe desde que Liliana Rosa, artista portuguesa idealizadora do projeto e atriz do espetáculo, engravidou da pequena Luísa, em Julho de 2006.Durante uma viagem de estudos à Europa com marido, o ator, diretor e cineasta André D´Lucca, idealizador do projeto e diretor do espetáculo, foi feita uma pesquisa baseada em estímulos sensoriais e na vida intra-uterina e pós-nascimento.O estudo realizado foi baseado em técnicas existentes para teatro para bebês na Europa desde os anos 90 e é difundida em países como França, Espanha, Itália, Alemanha e Bélgica. Liliana e André desenvolveram a própria técnica e trouxeram para o Brasil, se tornando pioneiros.Por se tratar de uma técnica própria, cujos direitos autorais são reservados e cuja marca é registrada, deduz-se que não podem copiar tal idéia e menos ainda utilizar-se do nome da técnica para auto-promoção. A técnica foi plagiada e promovida como novidade por quem não possui bagagem cultural necessária para tal feito. O que foi posto como estréia de “Teatro para Bebês” ontem, numa livraria da cidade, nada mais foi do que a exibição pública de um trabalho que constrange pais e bebês, em primeiro lugar por se utilizar de má fé.O dito “espetáculo” chama atenção não por nenhum fator positivo, mas sim pelo amadorismo e pela falta de capacidade criativa, além da pobreza cênica e de espírito de quem o tenta promover.